Vento...

03-07-2011 11:06

 

O vento desliza nos vidros de uma janela fechada

Bate, ao de leve, esperando conseguir uma entrada

Aguarda, paciente, que o vidro se torne ausente

Percorre-o com carícias fingidas de quem mente.

  

Sinto-me como o vento que aguarda sem se cansar

Que uma janela se abra e talvez me deixe entrar

Espero com uma calma que se balança cá dentro

Que se passeia serena, controlando cada movimento.

  

Mas não sou como o vento, que se move sem se ver

Que percorre o mundo e nunca se dá a conhecer

Tu conheces-me e sabes de mim como ninguém

Talvez por não ser como o vento, nem ter o que ele tem.

   

Serenidade, hei-de encontrar-te junto ao vento

Onde se passeiam os sonhos de quem espera

Perseverança, hei-de conquistar-te num momento

Quando encontrar essa tranquilidade que me modera.

  

Elsa Azevedo

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   Imagens por: Pedro Pinheiro

 

 

 

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