Começo a escrever sem saber
Qual a melhor forma de o fazer
Sinto um desejo de me fazer ouvir
Uma vontade de te ver a sorrir.
Como um balanço sem balançar
Os pensamentos fluem sem pensar
Uma vontade de me fazer entender
Dá-me força para continuar a escrever.
Como um empurrão sem esforço
As palavras surgem com reforço
Lançam-se ao acaso para o papel
Unem-se como o dedo e o anel.
Nada conseguirá alguma vez ser
Mais do que tudo o que tento ver
O céu e a terra recordam memórias
Que me ajudam a tecer estas histórias.
Tudo o quero é continuar a sentir
A magia para as poder transmitir
Palavras não passam de palavras
Mas eu sei que as consegues ouvir.
Elsa Azevedo
Elsa Azevedo
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Imagens por: Pedro Pinheiro