Inspiration comes from those who aren't affraid of dreaming...

 I'm a dreamer and I'll always be...

Poesia:

 é para quem sente o mundo todo dentro de si.

é para quem não receia chorar ou sorrir por sentir em demasia.

é para aqueles que consideram a vida um percurso repleto de magia. 

é para quem admira cada centímetro da terra que pisa. 

é para todos os que suspiram por sentir o vento a soprar.

é muito mais do que mera fantasia.

é uma forma singular de comunicação.

é mais do que palavras jogadas sem qualquer interpretação.

é um enigma intelectual.

é muito mais do que uma prosa sentimental.

é para quem tem a capacidade de sonhar.

é para quem tem a necessidade inconsciente de amar.

Sinopse - ar roubado

Susana era uma mulher de 26 anos, feliz e de bem com o mundo, até ao dia em que lhe foi roubado o amor da sua vida, Eduardo. Não conseguindo suportar ou aceitar esta perda, opta por seguir o mesmo caminho que a sua cara metade. Decide que não faz sentido viver sem ele e escolhe ir ao seu encontro. A falésia de Odeceixe será o último local onde o destino a encaminhará. A sua vida nunca mais será a mesma. Uma tragédia abate-se sobre a sua realidade, criando um conflito com a sua mente, a qual acaba por criar uma realidade alternativa. Num turbilhão de sentimentos e emoções a sua mente vagueia entre o sonho e a realidade, tornando-se difícil distinguir o que é realmente o sonho ou a realidade.

"Segunda-feira de manhã. Mais uma noite roubada pelos sonhos que me levam a vontade de acordar. Saio da cama, a custo, com os pés a arrastarem-se sem vontade de manter o meu corpo de pé. Tudo parece estranho e diferente à minha volta. A cabeça oscila na tentativa de manter o cérebro a acompanhar o ritmo dos passos. Com dificuldade consigo chegar à casa de banho. Apoio-me na porta para conseguir o equilíbrio que as pernas me estão a pedir. Mais um passo e entro no duche. Sinto a água fria a cair em cima do meu corpo. Esta sensação desperta-me do estado de sonolência e devolve a vida à minha alma. Parece ter passado apenas meia hora desde que sai da cama. Sinto a cabeça a latejar e o corpo a vacilar a cada passo que dou. Olho para o relógio, são dez da manhã, já passaram três horas desde que me levantei. Não me apetece sair de casa. Vou faltar ao trabalho. Mais um dia que posso descontar das férias. Na verdade, também não teria para onde ir. Apenas quero esquecer que tento ter uma vida normal. Nada jamais irá ser normal. Nunca mais... Sem forças para preparar o pequeno-almoço, deixo-me cair no sofá. A cabeça continua a latejar. Será que não vai parar? Recordo-me do sonho que tive. O mesmo de todas as noites. Estremeço e sinto a fraqueza do meu corpo a denunciar a falta de uma refeição. Não me lembro de ter jantado. Talvez precise mesmo de comer alguma coisa. Antes de ganhar coragem para me levantar, a campainha toca. Finjo não ouvir o ruído irritante e continuo deitada. Mais um toque que parece durar uma eternidade. A cabeça acusa a recepção do som. O meu corpo contorce-se na tentativa de fugir desta dor que interrompe o meu pensamento. Porque não posso simplesmente desaparecer? Mais um toque demorado. Desta vez acompanhado de uma batida constante na porta e uma voz que parece muito distante."