Escrevi versos demasiado pessoais
Escrevi cada palavra sentida e vivida
Escrevi poemas sobre coisas banais e reais
Escrevi com uma inspiração desmedida.
Escrevi para ti palavras com doçura
Escrevi para mim verdades com amargura
Escrevi para nós que lutamos cansados
Escrevi para mal de muitos dos meus pecados.
E sei que continuo a escrever para ti
Porque razões fúteis não me alimentam
E a mente deseja sentir o teu esplendor
O que escrevo precisa de uma pitada de amor.
Escrevi e continuarei a escrever (te)
Nada que me valha o perdão de esquecer
Nem mesmo o velho tempo que envelhece
Te leva de dentro de mim e te esquece.
Por isso, sim! Escreverei para te ver sorrir
Não só palavras tontas, fantasias de menina
Escreverei palavras certas, tudo sem mentir
Porque és e serás sempre esse ser que me fascina.
Elsa Azevedo
Elsa Azevedo
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Imagens por: Pedro Pinheiro